Muitos dos meus queridos amigos e pessoas interessadas no Coaching me fizeram algumas perguntas relacionadas ao que está sendo dito na novela “Do outro lado do Paraíso” e achei pertinente responder cada pergunta. Vamos lá?
Qual é o nome certo? Coaching ou Coach?
Primeiro, eu gostaria de esclarecer que o nome é COACHING (com ING no final) e não COACH, como a atriz diz. Coaching é a metodologia. Coach é o profissional e coachee é quem passa pelo processo (cliente).
Coaching é utilizado para curar traumas?
Não! Coaching não é utilizado para curar traumas. Quem trata de traumas e problemas patológicos é o Psicólogo ou Psiquiatra.
Nesses casos, o coach deve direcionar o seu coachee a um desses profissionais. O que acontece é que quem passa pelo processo de Coaching pode ter um “efeito colateral positivo”, porque na metodologia é utilizada a Psicologia Positiva que trabalha a felicidade do indivíduo – estado presente.
E claro, os seus impactos positivos “podem levar” a pessoa a ressiginificar esses traumas.
Portanto, deve ficar claro e entendido que, em nenhum momento, o Coaching deve ser vendido ou apresentado com tal finalidade.
O que o coach deve fazer se perceber que o cliente tem algum trauma, como um suposto trauma por assédio sexual, por exemplo?
Se o coach souber ou perceber que o seu cliente tem algum tipo de distúrbio ou problema patológico, deve imediatamente informar ao seu cliente que Coaching não é o mais apropriado para o momento e sim que ele deve procurar um profissional habilitado para ajudá-lo com esse problema, como por exemplo, um psicólogo.
Mas e se o coach for psicólogo, ele pode atender uma pessoa com traumas?
Se o coach é esse profissional, ele pode mudar o foco do tratamento e ao invés de usar o processo de Coaching ele deve usar o da Psicologia Clínica ou a mais apropriada no momento – e não o Coaching.
Posteriormente ao tratamento de terapia, quando o cliente estiver curado aquele problema, e havendo necessidade e livre interesse, ele pode voltar às sessões de Coaching.
Afinal, terapia é terapia e coaching é coaching, embora possam se complementar. Ser um psicólogo coach ou um coach psicólogo é um diferencial em matéria de desenvolvimento humano.
Atualmente é bem comum que os profissionais psicólogos busquem a formação em Coaching para acelerarem os seus processos.
A união da Psicologia Clínica com o Coaching pode proporcionar aos “pacientes” resultados mais rápidos do que a terapia tradicional.
No entanto, isso depende da reação de cada paciente e da habilidade do psicólogo coach, uma vez que cada indivíduo tem um mundo diferente dentro de si.
Algumas pessoas podem ter resultados mais rápidos, outras precisarão de mais tempo até conseguir alcançar os resultados esperados.
Eu, por exemplo, fiz terapia (por seis meses) para controlar um transtorno de ansiedade e o próprio Neuropsiquiatra me liberou dizendo que o que eu precisava era de tomar decisões mais rápidas, alcançar os objetivos que eu pretendia.
E foi quando eu conheci o Coaching e não precisei mais buscar a terapia. Mas, claro, se eu precisasse novamente por alguma questão patológica e fora do meu controle, com certeza eu buscaria a terapia novamente.
Haja vista que eu tenho uma infinidade de amigos psicólogos e trocamos muitas informações relacionadas ao comportamento humano.
Qual é a relação do Coaching com a Hipnose?
Coaching e Hipnose são metodologias diferentes, mas assim como a Psicologia, devem ser usadas para finalidades específicas. O foco deve estar em atender a necessidade do cliente.
O coachee quando busca pelo Coaching, ele quer alcançar resultados superiores em sua vida e objetivos pré-determinados.
Ele normalmente sabe, ou tem uma vaga ideia do que quer e por algum motivo não está conseguindo alcançar ou se organizar para conseguir isso.
Quer seja por falta de foco, algumas interferências cotidianas ou por que não sabe o que fazer e até mesmo porque sabe o que fazer, mas não está conseguindo sozinho.
O foco do Coaching é levar o coachee do seu estado presente (atual) ao seu estado futuro (objetivo) de forma estruturada, organizada, consciente, trabalhando o seu autoaprendizado continuamente.
Já a Hipnose, de forma resumida, pode ser entendida como uma metodologia que acessa o inconsciente de uma pessoa para trazer respostas desconhecidas e levar essa pessoa a ressignificar aquele momento traumático ou que esteja impedindo ela de alcançar o que quer.
Se o coach é um hipnotizador, assim como pode ser um psicólogo, deve separar o uso dessas metodologias. Isso deve ficar claro e evidente ao cliente que não se trata de Coaching e sim do uso de outra metodologia para atender uma determinada finalidade.
Agora se o coach passou por uma formação que envolve Coaching com Hipnose, ele deve possuir a habilidade suficiente para conduzir a situação do coachee sem perder o foco no estado desejado pretendido.
Conclusões
Enfim, espero ter sanado algumas dúvidas. Afinal, em matéria de comportamento humano o universo de conhecimento que um profissional precisa ter é infinito. Eu sou Master Coach & Trainer e tenho mais de 6 anos de prática.
Eu estudo, pratico e ensino diariamente o Coaching, já fiz formações em instituições diferentes para conhecer métodos diferentes e é comum que as pessoas venham com problemas psicológicos buscando solução para suas angústias.
Chegam a me dizer que se eu não resolver o problema delas, ninguém mais pode resolver. E sabe o que eu faço? Encaminho para os meus amigos psicólogos, pois não tenho a habilidade que eles têm para tratar o caso.
Mas se o foco desse cliente é de aumentar a sua performance, melhorar seus comportamentos pessoais, elevar seus resultados, os resultados da sua equipe e da sua empresa, e alcançar seus objetivos de carreira e liderança, estou pronta para atender a cada um deles com o conhecimento que adquiri nesses meus 20 anos de universo corporativo aliado ao Coaching. Faço isso com clareza, transparência e ética. Isso faz a verdadeira jornada ser transformadora!
Que possamos, como profissionais de desenvolvimento humano deixar o nosso ego e vaidade de lado e focar no melhor resultado daqueles que procuram por nossa ajuda.
Que possamos estar cada vez mais capacitados para atender “gente” e suas necessidades (e não apenas as nossas). Como bem disse Jung, “Ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” (Carl Jung)